sexta-feira, 11 de novembro de 2011

BAIXOS SALÁRIOS INDUZEM BAIXA PRODUTIVIDADE E EMPOBRECIMENTO DO PAÍS!


A QUESTÃO DAS EXPORTAÇÕES VERSUS BAIXOS SALÁRIOS

Analisando o tecido industrial português, chegamos à conclusão que ao nível das exportações há dois tipos de empresas:
   - as que exportam bons produtos, com marca e design, e com boa capacidade de gestão: estas empresas têm bons lucros, têm boa implantação internacional, e pagam salários acima da média;
  - as empresas que exportam produtos sem marca e sem design, e que de uma forma geral não têm boa capacidade de gestão (não têm economistas e engenheiros): estas empresas não são competitivas e nunca o irão ser por mais que baixem os salários,  estão condenadas a falir, a não ser que ganhem capacidade de gestão, e promovam produtos de boa qualidade, com marca e design.

Por isso baixar os salários para ganharmos competitividade é um sofisma, já que o que dá competitividade é a capacidade de gestão da empresa e do produto e isso ganha-se com bons quadros técnicos dentro da empresa, a interacção dos quais gera conhecimento e vantagens competitivas intangíveis.

Os baixos salários só servirão para empobrecer o nosso país e os seus trabalhadores, pois significam que os nossos produtos passariam a incorporar menos valor, isto é os estrangeiros pagariam menos pelo trabalho português.

Por outro lado as empresas pagando baixos salários, não investiriam em novas tecnologias induzindo atraso no desenvolvimento do Know -how tecnológico da nossa economia, como aconteceu no período Salazarista, no qual a nossa economia se atrasou dezenas de anos em relação às economias europeias.

SIM AO  DESENVOLVIMENTO REGIONAL

A diminuição das assimetrias litoral - interior, criação de redes sociais de serviços com acessibilidade às populações locais, criação de pólos regionais, como forma de animar as economias locais, apoio ao empreendedorismo local ao nível de pequenos investimentos na agricultura biológica e não só, são objetivos a atingir pelo desenvolvimento regional integrado.

Portugal pode manter e até aumentar as suas produções de calçado, cortiça e têxteis, ...,mas como tem muitos recursos desocupados, deve dedicar-se a todo o tipo de produções que substituam importações, e isso nomeadamente no sector agrícola. Com as enormes taxas de desemprego, o prioritário e fundamental é mesmo a criação de novos postos de trabalho, e os investimentos na agricultura são uma excelente oportunidade, dada a  escassez de produtos agro-alimentares.

E o Desenvolvimento Regional só será integrado se contido em planos de desenvolvimento sustentável contemplando as variáveis económicas, sociais, culturais, políticas e as inerentes ao indispensável respeito pelo habitat animal e ambiental.


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