sábado, 8 de setembro de 2012

O OBJECTIVO FUNDAMENTAL DESTE GOVERNO PSD/CDS E A INADIÁVEL CONVOCAÇÃO DE ELEIÇÕES GERAIS ANTECIPADAS!

Passos Coelho e Paulo Portas enganaram os eleitores: após obterem os votos, começaram a fazer o contrário do que prometeram:
- a aumentar os impostos;
- a "roubar" rendimentos do trabalho;
- a retirar direitos aos trabalhadores;
- a aumentar o nº de horas de trabalho.

Aumentar os impostos até a um nível em que se verifica a "exaustão fiscal" (para novos aumentos a receita fiscal desce) significa não ter a noção das realidades.

Roubar os rendimentos do trabalho (funcionários públicos, reformados, trabalhadores em geral) só pode significar que o Governo não tem ou não quer ter soluções do lado das despesas governamentais. 
De facto:
   - os Gabinetes Ministeriais estão cheios de jovens baronetes do PSD, e muito bem pagos com os nossos impostos!  
   - os automóveis de super-luxo são o pão nosso de cada dia dos governantes, e chegamos ao cúmulo de o 1º ministro ter só ao seu serviço mais de dez motoristas!
  - fundações, observatórios, empresas municipais "fantasma", PPP fraudulentas, lá continuam a dar cabo do orçamento!
  -a Assembleia da República lá continua com 230 deputados (mais de 100 é um exagero, mas os partidos não querem alterar a CRP para resolverem esse escândalo, e nós contribuintes pagamos) para além de serem escandalosos os subsídios pagos por nós contribuintes aos partidos.


Retirar direitos aos trabalhadores tem o único objectivo de quebrar a espinha ao movimento sindical, favorecer os despedimentos colectivos e individuais,  de aumentar o nº de horas de trabalho a favor da entidade patronal - tudo isso já foi efectuado e continua sendo pelo actual Governo PSD/CDS.

Como nós eleitores não temos poderes para impugnar as decisões dos governantes (mas temos de saber exigi-los) por nós eleitos, este Governo chegou ao ponto de ter como objectivo declarado o empobrecimento do país - e tem-o conseguido, já que as suas medidas de austeridade implicaram a recessão económica, a falência de milhares de PME e a subida  do desemprego em flecha.

Este Governo PSD/CDS continua de forma impostora a querer enganar os eleitores e vai dizendo que a baixa dos salários é necessária para aumentar a competitividade das empresas, mas nós sabemos que os países de mais elevados salários são os mais competitivos e com maior produtividade laboral.

O seu objectivo fundamental é, na linha da filosofia neo-liberal, pôr o máximo de dinheiro nos investidores (ou seja nas mãos dos donos do negócio) e reduzir ao máximo os rendimentos de quem vive do trabalho. A ideia será evitar o consumo de quem trabalha e de proporcionar investimento privado aos "investidores privados" (estes neo-liberais são visceralmente anti Keynezianos: não distinguem bom investimento público de mau investimento público e logo entregam a evolução da economia 100% ao sector privado, o que contraria a CRP, a qual prevê um sector privado, um sector público e um sector cooperativo).
Mas este objectivo fundamental, que está na base do empobrecimento do país provocado deliberadamente por este Governo, está ferido de morte: o poder de compra dos cidadãos em geral reduziu-se de tal maneira (impostos, roubo de rendimentos, subidas escandalosas dos preços dos combustíveis, da electricidade, dos transportes, da saúde, ...)que os cidadãos ficaram mesmo na penúria: é preciso muito equilìbrio para o salário disponível (depois de impostos) dar até ao fim do mês!
Desta forma os investidores podem acumular fortunas à custa da desigual distribuição da riqueza nacional induzida por este Governo, mas não investe por que não tem a quem vender! Resultado a economia agoniza, as PME do mercado interno (a grande maioria) agonizam, e os trabalhadores começam a pensar em suicidar-se como alternativa a viverem debaixo da ponte! Os investidores acabam por usar a acumulação de lucros no mercado financeiro, alimentando de novo o monstro que está na base de toda a crise financeira global actual.

Por outro lado numa economia aberta como é a nossa, inserida num contexto europeu, não faz sentido a especialização produtiva assente em baixos salários (modelo próprio de países colonizados) o qual só serve (como demonstrado no Salazarismo) para atrasar o país no domínio da inovação industrial e dos investimentos capital intensivos de elevado Know-How, relativamente aos países europeus do centro.

Este Governo não tem legitimidade eleitoral para tomar estas medidas de "austeridade"que estão a afundar a economia, as PME, os trabalhadores  e a alienar a soberania dos recursos naturais!
Como tal a saída mais legítima será mesmo a realização de eleições gerais antecipadas, o que depende da coragem política do PR (dadas as suas fragilidades ligadas ao BPN poderá não estar em condições de avançar, mas então que resigne ao cargo)!

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