quinta-feira, 15 de novembro de 2012

O GOLPE POLÍTICO FINANCEIRO E ECONÓMICO-SOCIAL DO PPE (MERKEL, SARKOZI, BARROSO) CONTRA OS PAÍSES PERIFÉRICOS!



O que está em jogo é um feroz ataque da Comissão Europeia e do PPE (ao qual pertencem o Partido Conservador da Srª Merkel, e o PSD de Passos Coelho e de Cavaco ) aos Trabalhadores e  Reformados , visando a destruição dos seus direitos e visando a baixa dos custos salariais, como forma de manter elevadas as taxas de lucro dos grandes interesses económicos europeus.
Vejamos a sequência:
1 - Em 2007, os países europeus em geral tinham os seus défices orçamentais equilibrados, e a dívida soberana andava em geral à volta dos 60% do PIB de cada país;
2 - Com a crise do subprime, (EUA) provocada pelo investimento financeiro especulativo e priramidal, os Governos dos países da UE, foram "aconselhados" pela UE / Comissão Europeia / Merkel / ...que deveriam  subir as suas despesas sociais, para acudirem às necessidades das populações;
3 - Com base nesse apelo, os países europeus subiram em geral os seus défices orçamentais em cerca de 300% (passaram de 3% para a casa dos 9%), como foi o caso, entre muitos  de Portugal.
4 - Na sequência dos apelos da Comissão Europeia, da SRº Merkel / Sarkozi, ..., que incentivavam a subida das despesas sociais,   o endividamento dos países com economia mais débil começou a subir exponencialmente, e dessa forma os países periféricos viram-se a braços com um elevado défice orçamental, e com níveis de dívida na casa dos 90% (uma subida de 50% em relação à dívida que tinham em 2007!
5 - Impunha-se portanto a tomada de medidas para o reequilíbrio dos défices e da dívida, e foi isso que os países membros do Euro começaram a programar e a fazer (Portugal incluído).
6 - Mas eis que de forma inesperada, a Comissão Europeia (Barroso) , e o directório Franco Alemão (Merkel/Sarkozi) lançaram em 2010 uma ofensiva política violenta sobre os países  com défice orçamental e dívida elevadas, as quais resultaram das depesas sociais INCENTIVADAS nos anos anteriores pelos mesmos!
7 - Barroso, Merkel e Sarkozi, impuseram um ULTRA RÁPIDO  reequilíbrio dos défices orçamentais e das dívidas soberanas aos países periféricos, as quais aumentaram precisamente por que esses países antes foram incentivados a gastar e a endividarem-se  demais!
8 - Tratou-se de um GOLPE POLÍTICO GEO-ESTRATÉGICO DENTRO DA UE, CONDUZIDO PELO PPE (Partido Conservador e Liberal da UE, dominado então pela Alemanha de Merkel e pela França de Sarkozi, em consonância com a actuação IMPEDIEDOSA  das Agências de RATING e inseridas na estratégia de lucro financeiro da Goldman Sacks e demais especuladores financeiros internacionais!
9 - Os líderes do PPE (Merkel, Sarkozi e não esquecer que o PSD de Barroso também está integrado nesse partido Conservador e Liberal da UE) sabendo que os países periféricos não podiam recorrer ao BCE (por que eles não deixavam e ainda não deixam!) atacaram implacavelmente a economia desses países obrigando-os a Planos de austeridade rigorosos e violentos, impossíveis de cumprir, os quais implicavam que esses países reduzissem drásticamente as despesas sociais (que antes foram incentivados a subirem) e provocando por outro lado uma subida enorme das taxas de juro especulativas nos mercados financeiros, na renovação da dívida que esses países tinham de efectuar, já que estavam impedidos pelo PPE (Merkel, Sarkozi e Barroso) de se financiarem no BCE (nem directamente, nem através das "euro-obrigações").
10 - O exemplo português ilustra bem essa estratégia golpista engendrada pelo PPE/UE em conluio com as Agências de Rating e a Godman Sackis e Quejandos:
a) Em 2007 tínhamos um défice na casa dos 3% e dívida soberana na casa dos 60%  do PIB;
b) Com a crise do subprime (EUA) e com os incentivos do PPE /UE em 2009 tínhamos já (tal como os demais países) o défice na casa dos 9% e a dívida na casa dos 90% do PIB!
c) O PPE/UE obriga-nos à correcção rápida do défice e os planos de austeridade daí decorrentes (os PECs) originam recessão económica, a par de ameaça de baixa de nota de risco pelas ag~encias de rating (baseadas nessas tendencias recessivas);
d) os banqueiros e o Banco de Portugal, com a apoio de Cavaco Silva (cujo partido também está integrado no PPE e é o mesmo partido de Barroso e de Coelho) fazem cheque mate ao governo de Sócrates (cortam-lhe o financiamento) e Sócrates tem mesmo de demitir-se e de pedir o resgate da TROIKA (pois os juros sobem especulativamente e não tem garantias de refinanciamento da dívida);
e) Em perfeita sintonização com a estratégia golpista do PPE/UE, as agências de rating põem Portugal no lixo (aproveitando a boleia de Cavaco Silva e dos Banqueiros públicos e privados );
f) com a maioria obtida pelo PSD/CDS (partidos integrados no PPE/UE) obtida à custa de prometer aos eleitores a não subida de impostos nem o corte de rendimentos do trabalho, fecha-se o círculo: Portugal e a sua economia ficam totalmente à mercê da estratégia golpista do PPE/UE (Barroso, Merkel, Coelho Cavaco e Portas todos estão integrados no PPE/UE) e submetido ao golpismo financeiro da Goldman Sacks e demais Banqueiros , pois o BCE estava manietado (e ainda está) pelo PPE/UE, como convém ao enriquecimento ilícito da Goldman Sacks e quejandos!
g) os planos de austeridade impostos pela TROIKA, e decorrentes da estratégia golpista do PPE/UE e Goldman Sacks, conduzem literalmente Portugal, as suas PME, as suas Famílias, os Trabalhadores e os Reformados, para o holocausto (já experimentado com o mesmo caminho na Grécia!
h) mercê da retirada do poder de compra aos trabalhadores e reformados (aos quais antes foram retirados os direitos laborais com a cumplicidade da UGT - central sindical da área do PSD/PS), a recessão aumenta, as insolvências das PME são às dezenas de milhar, e o desemprego sobe nas centenas de milhares;
i) com a economia a ser arruinada, as receitas fiscais descem (não se equilibra o défice orçamental), a dívida aumenta (os bancos internacionais e nacionais vão buscar o dinheiro ao BCE a 0,75% e emprestam-o ao Estado a taxas de 4% (transferência de milhares de milhões de euros dos contribuintes para os banqueiros) , e o Estado vende ao desbarato as melhores empresas públicas ao Capital Estrangeiro, ficando sem capacidade  geo-estratégia económica ao nível da sua economia, e sem o domínio dos seus recursos económicos soberanos;
j) E este caminho para o abismo e para o holocausto é repetido até à exaustão total do país, custe o que custar e sempre ao serviço dos banqueiros Internacionais e do capital estrangeiro e sempre esmagando os rendimentos dos Trabalhadores e Reformados até que este ficam irremediavelmente condenados á "sopa dos pobres" ou à emigração ( o exemplo grego não deixa dúvidas)!
k) Essa política golpista, impostora e colonialista do PPE da UE (liderado por Merkel, Sarkozi, Barroso e que integra o PSD de cavaco Silva e Coelho, e o CDS de Portas), para além de proporcionar lucros colossais (de biliões) à Goldman Sacks e demais banqueiros, à custa dos Trabalhadores e Reformados dos países da periferia, impõe também a estes um imenso retrocesso social (ausência de direitos ao nível das relações sócio-laborais) colocando-os na situação de aceitarem salários abaixo do nível de sobrevivência, assegurando dessa forma também elevadas taxas de lucro aos capitalistas industriais dos países do centro e dos capitalistas industriais dos próprios países transformados em colonatos de mão de obra barata;
l) E é precisamente neste ponto que a converg~encia dos trabalhadores e reformados europeus ganha grande significado, por que além de as políticas de austeridade arruinarem a economia dos países periféricos, e acabarem  também por travar as exportações dos países do centro (Alemanha por exemplo), permitem ao capital industrial efectuar a deslocalização dos seus investimentos do centro para a periferia beneficiando do baixo salário praticado na periferia (caso da Auto-Europa, ...).  
10 - Concluindo, esta estratégia de empobrecimento dos países da periferia e enriquecimento paralelo dos banqueiros internacionais e nacionais, montada ao pormenor pelo PPE/UE de Barroso, Merkel e Sarkozi:
a) arrasa com as economias e com o Estado Social dos países periféricos e condena as suas populações á miséria económico-social e à "sopa dos pobres", ao mesmo tempo que abocanha as suas melhores empresas públicas: Portugal, Grécia, ...,
b) no final desta estratégia (e ela vai permanecer enquanto estes actores do PPE estiverem no poder e não forem travados) vão ficar totalmente dependentes economica e financeiramente dos Países do centro da UE: economicamente o seu tecido industrial interno ficará arrasado, e se quiser retomar o crescimento económico vai ter de importar equipamentos ou aguardar pelo investimento estrangeiro; financeiramente, estará impossibilitado de cumprir com os défices orçamentais exigidos, pois as suas receitas fiscais descem para além do razoável acompanhando a ruína das suas PME, e por outro lado a sua dívida mercê das taxas de juro elevadas aumenta sem parar e dependem do "perdão"  da mesma (como tem acontecido na Grécia);
c) como esta estratégia do PPE/UE traçada e aplicada em concluio com o Goldman Sacks e Agências de rating , não olha aos meios para atingir os seus fins, aos povos dos países periféricos só resta mesmo a sua união entre eles, a sua união em termos sindicais, a acção conjunta em termos sindicais, e pôr fim no mais curto espaço de tempo aos Governos que embarcam nessa estratégia golpista do PPE/UE - Goldman Sacks. Cada dia que passe é o afundar das suas economias e das suas condições sócio laborais.
d) importa por isso aos povos da periferia impôr:
   - que o BCE funcione como banco central efectivo da UE;
   - que as taxas de juro da dívida soberana sejam de forma imediata retroactiva reduzidas para 0,75% (taxa BCE);
   - que a dívida especulativa e resultante da chantagem do PPE/UE  seja considerada enriquecimento ilícito e seja anulada (cerca dé 50% da dívida soberana é dívida "assassina"),
   -exigir o fim imediato da imposição pela TROIKA das políticas de austeridade ruinosas para a economia e para os povos desses países;
   - exigir que a UE avance para a prática política da coesão social prevista nos seus tratados, o que passa pelo avanço da UE no estabelecimento dos Estados Unidos da Europa, sendo o seu Governo e o seu Parlamento derivado de eleições livres em toda a zona da UE.
e) no caso de não ser possível pôr fim a esta estratégia golpista do PPE/UE/Goldman Sacks, nomeadamente se não for possível tornar o BCE um banco central efectivo da zona euro (e Dragui vem dos quadros da Goldman Sacks) então que se saia com toda a urgência do EURO (uma saída colectiva dos países periféricos, com anulação total e imediata de toda a sua dívida soberana: NÃO PAGAMOS SERÁ NESSA SITUAÇÃO A MELHOR SOLUÇÃO).







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